Alfredo Wagner


Já foi Colônia Militar Santa Thereza e, depois, Barracão. Já fez parte do território de São José e, mais tarde, de Bom Retiro. A Capital das Nascente traz inúmeros episódios em sua história, da ocupação milenar indígena até ser finalmente emancipada, em 1961, eternizando o nome de um morador conhecido por características que definem muito bem o povo local: simples, honesto e trabalhador.


Alfredo Wagner faz parte da Região Intermediária Imediata de Florianópolis, e fica na metade do caminho entre a Capital e Lages, distante 105 quilômetros da primeira, e 116 quilômetros da segunda. A equidistância entre o litoral e a serra, estratégica para a administração na época do Império e para os viajantes como ponto de parada, hoje conquista cada vez mais turistas.


Seja para descanso, esportes de aventura, ou simplesmente caminhar em meio a natureza, Alfredo Wagner, com 70% da população em área rural, oferece tranquilidade, lindas paisagens e imensa variedade de espécies de animais para observação. 


Ponte sobre o Rio Caeté, em 1949. Na época Barracão, hoje parte central de Alfredo Wagner. 
Acervo: Altair Schweitzer (Seu Talico) colorida artificialmente. 
Fonte: https://www.facebook.com/De-Barrac%C3%A3o-a-Alfredo-Wagner-fotos-antigas-104663041193163


Capital das Nascentes e sua geografia 


O apelido de Capital das Nascentes tem motivo de sobra. É onde nascem o Rio Braço do Norte, que desemboca no Rio Tubarão, o Rio Canoas, que participa da formação do Rio Uruguai, o Rio Cubatão, abastecedor da Grande Florianópolis e o Rio Itajai-Açu. 


A cidade tem sua geografia bastante acidentada, com recortes da Serra Geral, Serra da Boa Vista e Serra dos Faxinais. Com tanta riqueza natural e particularidades no terreno, há muito o que explorar e desfrutar e, a cada passeio, descobrir um cantinho antes desconhecido. 



Valores eternizados


Boa parte da vida de Alfredo Henrique Wagner é contada pelo neto, o Sr. Altair Wagner - que foi prefeito de Chapecó entre 1973 1977, em biografia publicada pelo jornalista e escritor Mauro Demarchi, fundador do Jornal Capital das Nascentes, hoje Jornal Alfredo Wagner Online. 


Com carinho e orgulho, o neto conta que o avô nasceu em São Pedro de Alcântara, em 1871, ficou órfão aos cinco anos de idade, e subiu para a Colônia Militar aos 21 anos “a pé, com 400 réis no bolso e uma gaiola com um sabiá preto”. Na época, com a proclamação da república, a presença militar como estratégia de ocupação, iniciada em 1853, chegava ao fim. 


Alfredo Wagner teve 11 filhos com Julia Freiberger. Trabalhou como sapateiro, escrivão do posto fiscal, madeireiro, agricultor e, com a melhoria das condições viárias, passou a transportar tropas e mercadorias entre Lages e São José. Faleceu em 1952, aos 81 anos, em Lomba Alta, para nove anos depois ser escolhido para dar nome a cidade onde ensinou a todos o valor do trabalho e da honestidade.


Julia e Alfredo Wagner.
Fonte: http://carolpereiraa.blogspot.com/



Comentários